Era uma casa..
Era uma casa
muito engraçada
não tinha teto
não tinha nada ."
(Vinicius de Moraes )
Era o recôndito
desta memória
não tem não tem
não tem história .
Eu não vivia
lá, não vivia
mas roncos, ais
ali ouvia.
Não tinha porta
não tinha escada
mas eu subia
até à mansarda.
E lá no cimo
nada se via
nada sentia
nada cheirava.
Mas eu ficava
ali parado
como quem estava
embasbacado .
Estava deserta
e toda aberta
abandonada
não era nada.
Mas eu falava
lá com os meus
que já se foram
falar com deus .
E deus não sou
não vivo além .
Só nesta casa
casa encantada
que não é nada
é que eu sou deus
até
amém.
Geraldes de Carva
na impossibilidade de o fazer no meu blog... por problemas técnicos de acesso ... venho agradecer-lhe o seu comentário e... :-) esclarecer que sim, escrevo em espanhol, também. (não são traduções o que publico em emedeamar.blogspot.com; e tb em francês e inglês :) Obrigada! Maria Toscano
ResponderEliminarAgradeço mas, com os diabos, podia dizer alguma coisa sobre o meu poema .
ResponderEliminargeraldes
Precioso y "desnudo" Geraldes. Me gusta. Abrazos
ResponderEliminarMuito obrigado, querida Glória
ResponderEliminargeraldes
Um excelente poema, Geraldes! Gostei da epígrafe também.
ResponderEliminarVoltei ao tempo onde lia mais Vinicius de Moraes e assistia a musicais na televisão baseados em seus poemas.
O poema também me remeteu ao Uruguai onde conheci a belíssima Casa Pueblo.
Grande abraço, amigo.